A Paz do Senhor.
O trabalho social não pode e não deve ser desprezado pelas igrejas de nossos dias. A Bíblia nos ensina nos testamentos que o exercício social precisas ser praticado por toda congregação.
As Relações sociais e econômicas entre o Povo de Deus
Deus confirma, no desenrolar da História, sua preocupação com a vida do Homem em sociedade. No Antigo Testamento, vemos como Deus estabelece medidas econômicas visando relações justas entre o Seu povo. Vejamos alguns exemplos:
a) A Lei do Jubileu (Lv. 25:8-34) - Esta lei prescrevia que a cada 50 anos:
(1) a terra deveria descansar por 1 ano;
(2) os escravos seriam libertados;
(3) todas as dívidas seriam perdoadas;
(4) as terras voltariam para seus donos originais.
A intenção básica do Jubileu era a de evitar o acúmulo de terras (o meio de produção básico em Israel). A propriedade privada não seria abolida. Mas, os meios de produção deveriam ser redistribuídos, de tempos em tempos, visando com isto impedir situações de dívidas, pobreza, desapropriação e miséria.
b) O ano Sabático (Lv. 25:1-7) - No ano sabático, que deveria ocorrer a cada 7 anos, a lei determinava a liberação do solo para descanso e renovação da terra (sentido ecológico), a anistia para escravos e endividados, bem como o descanso dos trabalhadores. Em Êxodo 23:10,11, vemos também que os pobres teriam liberdade de colher por si mesmos do fruto da terra, no ano sabático.
c) Dízimos e colheitas (Dt. 14:22-29; Lv. 19:9,10) - O sustento dos órfãos, viúvas e estrangeiros era providenciado através dos dízimos de toda a produção agrícola. Esta medida econômica referente às sobras da colheita evitava a proliferação da pobreza entre o povo de Deus e também entre os estrangeiros.
O Ensino Social do Novo Testamento
a) O modelo de serviço de Jesus - Jesus confirma, com Suas palavras e obras, a mesma preocupação do A.T.: o cuidado com os necessitados, a compaixão (Mt.9:36; 14:14; 20:34; Mc. 10:45). Jesus se preocupou com o Homem enquanto unidade física-psíquica-espiritual. Ele curou, ensinou, salvou, consolou. Cuidou do ser humano por inteiro, rejeitando totalmente a visão grega que valorizava a dimensão espiritual em detrimento da material. A prática de Jesus segue uma seqüência marcada pelo ver, sentir e agir. Nesse sentido, é interessante notar que nos vários encontros de Jesus com as pessoas, indivíduos ou grupos, a ação de Jesus foi marcada por uma completa coerência com seus ensinos. Por isso, Pedro apresenta Jesus como “Aquele que andou fazendo o bem” (At.10:38).
b) O exemplo da Igreja Primitiva - A primeira comunidade cristã seguiu os passos de Jesus, demonstrando uma grande sensibilidade para com as necessidades uns dos outros. Uma prática comum daquela igreja era a partilha de bens para atender aos necessitados (At. 2:44,45; 4:34,35). Essa partilha era totalmente voluntária, e não compulsória. O que acontecia certamente era que os cristãos que possuíam uma melhor situação econômica vendiam suas casas e terras para atender aos irmãos mais necessitados.
Uma observação a ser feita aqui é que a prática dos cristãos do segundo século, ainda que seja louvável, não é normativa para nós hoje. O ensino bíblico sim é normativo, mas não a prática da igreja. O Novo Testamento não apresenta evidências de que este costume tenha se espalhado além da igreja de Jerusalém.
O importante é que aqueles primeiros cristãos colocaram em prática os princípios que haviam sido ordenados pelo Antigo Testamento e por Jesus. Este é o exemplo que fica para a igreja dos nossos dias.
Os apóstolos também se preocuparam com o compromisso social cristão. Paulo fala da liberdade da contribuição (I Co. 9:7). Cada um deveria dar conforme a sua prosperidade. Paulo elogiou os macedônios porque “deram na medida de suas posses e mesmo acima delas” (II Co. 8:3).
O apóstolo Tiago tem uma posição bastante contundente quanto à injustiça social e aos ricos. Tiago condena abertamente os ricos que oprimem os pobres e são insensíveis à sua pobreza e necessidades. Tiago não condena os ricos por serem ricos simplesmente, mas o faz quando são egoístas e cometem injustiças contra os pobres (5:1-6).
Nós estamos trabalhado muito na obtenção de alimentos para suprir a necessidade de algumas famílias que congregam conosco ou não.
Temos buscado também através do contato com irmãos, empresas, ongs e outros caminhos disponíveis providenciar a inserção de alguns irmãos no mercado de trabalho, a qualificação profissional e o aprendizado de uma profissão para melhorar a condição financeira, social e emocional de nossos amados irmãos.
Deus nos abençoou muitíssimo neste dia..
Fica aqui também o nosso agradecimento a todos os irmãos e profissionais que se dispuseram em nos ajudar neste trabalho social. Que o Senhor vos recompense gloriosamente.
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